Ficomex 2024: previsão de R$ 500 milhões em negócios prospectados para os próximos meses

Publicado por Comunicação em 11 de setembro de 2024

Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central foi oportunidade para estabelecimento de novas parcerias comerciais e previsão de criação de um novo bloco econômico dos sete estados que integram o Consórcio BC 

Considerada a maior feira de internacionalização de negócios do País, a Ficomex chegou ao fim na quinta-feira (29/08) com importantes resultados alcançados, que vão fortalecer a economia do País, especialmente dos estados que integram o Consórcio Brasil Central (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Distrito Federal). A previsão é que a Feira deve alcançar R$ 500 milhões em negócios prospectados para os próximos meses. 

Realizado no Centro de Convenções de Goiânia, nos dias 28 e 29 de agosto, o evento reuniu mais de 170 expositores de diferentes estados e países e recebeu, em média, 15 mil pessoas em dois dias de programação. Nas Rodadas de Negócios, foram mais de 100 reuniões, com a participação de 60 empresas, além de 13 workshops, com média de 80 participantes cada um; 35 palestras e painéis, e a presença de 40 embaixadas e câmaras de comércio exterior. 

Para o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, toda essa movimentação mostra que as metas planejadas, por meio do tripé política pública, educação e negócios, foram alcançadas. “Na parte de negócios, tivemos muitas conexões, estabelecimento de parcerias comerciais e prospecção entre empresas de pequeno a grande porte, de diferentes países do mundo, que vão trazer ganhos nos próximos meses e impactos positivos para a economia. Não queríamos uma feira para ficar carregando sacolinha, mas para gerar bons e importantes negócios”, destaca.

Na área de política pública, Rubens enfatiza como importante legado a proposta feita pela Acieg, praticamente aprovada, de criação de um bloco econômico público-privado envolvendo os sete estados do Consórcio Brasil Central. “Dessa forma, poderemos interagir, de forma conjunta, gerando renda para todos da região. O bloco terá mais atribuições, autonomia e plano de trabalho de integração, além de criação de políticas econômicas e maior convergência empresarial para os próximos cinco anos. É um marco que a Ficomex propôs e que deve fortalecer o Brasil Central além das fronteiras do País”. 

Com base nessa proposta, foi redigida a “Carta de Ficomex”, que é um memorando e documento com propostas, assinado pelo presidente da Acieg/Faciest, Rubens Fileti, para que nos próximos meses um grupo de estudos, com agentes privados e públicos, debatam a evolução da região Brasil Central no comércio internacional. O documento traz a propositura de ações para dar lastro, continuidade e eficiência às  oportunidades surgidas durante a Ficomex, para debater eixos de negócios, educação e políticas públicas, com identificação de vantagens competitivas, realidades distintas, sinergia e gargalos. 

Já na educação, o presidente da Acieg reforça a relevância do conhecimento compartilhado por meio de palestras, painéis e workshops, que contemplaram uma gama de assuntos que, direta e indiretamente, impactam as relações internacionais. “Do agro à moda, da mineração ao meio ambiente, todo assunto que faz parte do cotidiano da população, seja do empresário e empreendedor, do estudante, do produtor rural, enfim, esteve presente em nossa programação. Foram dois dias levando informações por meio da Arena BRB, Espaço Global, workshops, que agregam e ampliam horizontes. E é o que pretendemos com a feira, proporcionar ganhos não só a curto prazo, mas a médio e longo também. Muitas lições foram aprendidas e podemos ter certeza que em 2025 traremos mais novidades e um evento ainda melhor”, comemora. 

Anúncios e lançamentos

Durante a Feira, ocorreu o anúncio de um novo ciclo do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), com investimento de quase R$ 1,3 milhões, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (SIC) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). 

O PEIEX seleciona bolsistas e forma um cadastro reserva para atuação no Núcleo Operacional do programa, que será instalado em Goiânia. O edital visa implementar uma equipe dedicada à capacitação técnico-gerencial e tecnológica das empresas goianas, preparando-as para inserção no mercado internacional. As bolsas oferecidas variam de R$ 1.299,31 a R$ 10.927,51, com um total de dez vagas imediatas e várias oportunidades para cadastro reserva. As empresas selecionadas para participar do PEIEX recebem acompanhamento individualizado, além de participarem de eventos e qualificações coletivas, tudo com o intuito de aprimorar seu desempenho e facilitar a exportação de seus produtos e serviços. 

Já o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), apresentou o Programa Goiano de Remineralizadores aos investidores estrangeiros, em um workshop voltado ao tema. O Programa foi lançado, em âmbito estadual, pela SIC, no dia 12 de agosto, e conta com várias instituições parceiras, entre públicas e privadas, e com um aporte do Tesouro Estado de R$ 20 milhões até 2025. O objetivo é a implementação de práticas sustentáveis na mineração e na agricultura, alinhando-se aos objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas.

A fim de facilitar ainda mais a exportação da produção goiana para o restante do país e outras partes do mundo, o governador Ronaldo Caiado também assinou, durante a abertura da Ficomex, um protocolo de intenções com representantes do Porto do Açu Operações S.A, do Rio de Janeiro. O objetivo da iniciativa é viabilizar a troca de informações entre o Estado e a empresa para desenvolver pesquisas estratégicas que possibilitem a melhoria da eficiência da movimentação de cargas originadas e destinadas a Goiás. 

Na ocasião, Caiado ressaltou a importância de promover parcerias logísticas para buscar novas formas de escoamento da produção agropecuária goiana. “É interessante para Goiás. Essa estrutura pode atender muitas empresas do estado”, afirmou.

O Porto do Açu fica localizado em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro, e é o único totalmente privado do Brasil, com investimentos que totalizam R$ 20 bilhões. Além de localização estratégica, a empresa tem como vantagens a cooperação com portos internacionais e a redução da burocracia para operação dos clientes. 

Para conduzir o estudo, o Governo de Goiás criou um Grupo de Trabalho (GT) com representantes do Estado e do Porto do Açu. Esse grupo, formado por servidores das secretarias de Governo (SGG), Agricultura (Seapa), Infraestrutura (Seinfra), Meio Ambiente (Semad), Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e Instituto Mauro Borges (IMB), terá cerca de quatro meses para apresentar um relatório final com conclusões e recomendações.

Ficomex 2024

A Ficomex foi promovida pela Acieg, por meio de sua Câmara de Comércio Exterior (Comex-Acieg), e Faciest, com correalização do Governo de Goiás, e parceria com entidades empresariais, terceiro setor e poder público. A ação também tem o apoio do Sebrae Goiás e do Consórcio Brasil Central. São patrocinadores da Ficomex: Sicoob Unicentro, Iest Group, Alibaba, Antares Aeroporto, Unimed Goiânia, Porto do Açu, AHL Agro, Lunding Mining, São Salvador Alimentos, OCB-GO, Equatorial Energia, Soluti/Everest, Grupo José Alves, Porto de Suape, Caixa Econômica Federal, Apex Brasil e Correios – Governo Federal.