Equidade de gênero:realidade da liderança feminina e como sua empresa pode apoiá-la

Publicado por Comunicação em 11 de maio de 2022

O Índice de Diversidade de Gênero (IDG), elaborado pela Kantar, grupo líder em medição de audiência televisiva, mostrou que os cargos de liderança feminina dobraram a nível mundial nos últimos anos: de 10% para 20%.

Mesmo o número de mulheres representando mais da metade da população brasileira, elas estão em apenas 13% dos cargos de liderança nas 500 maiores empresas do País, de acordo com o Relatório Empreendedorismo no Brasil.

Sua empresa está fazendo algo para incentivar as mulheres e colaboradoras todos os dias? Pare e reflita como empresário, se há flores e doces suficientes neste mundo para compensar a ausência de oportunidades, a diferença injusta de salários e oportunidades e as agressões (físicas e psicológicas) que muitas mulheres vivenciam no mundo corporativo.

Equidade de gênero: opinião e debate

A presidente do Conselho Setorial da Mulher da Acieg, Helena Ribeiro, diz que “a questão da equidade de gênero vem figurando em diversas áreas nos últimos anos, tornando-se mais visível e em debate, porém muito distante de ser resolvido.

“O Brasil segundo o Fórum mundial de Economia ocupa a 93a posição entre os 156 países no ranking de equidade de gênero em 2020. Pelos cálculos a continuar assim levaremos 135,6anos para atingir equidade de gênero.  Percebe-se que mais do que um problema social é de fato um problema econômico”, destaca Helena.

Ainda segundo Helena Ribeiro, a igualdade de gênero pode produzir oportunidades de gerar mais de 380 milhões de novos empregos e mais de 12 trilhões de dólares no mercado: “temos que entender e quebrar os obstáculos ter um ponto de partida compreender as necessidades da sociedade e do mundo corporativo, para reduzir minimizar está grande diferença, além de criar uma pauta progressiva, focada em um objetivo futuro”.

Para ela, através da desconstrução e ressignificação da igualdade onde todos saem ganhando, e todas podem se sentir protagonistas na construção de uma nova realidade social e econômica nas empresas, cidades e país.

“A Acieg através da câmara setorial da mulher irá realizar um estudo levantando com todas as mulheres líderes de seus negócios, junto com várias entidades. Assim teremos a fotografia de nossa realidade para traçar um plano de ação em acordo com a realidade”, finaliza Helena Ribeiro.

Listamos algumas atitudes positivas, para você, empresário, que deseja apoiar as mulheres todos os dias.

  • Dê oportunidades de trabalho iguais

De acordo com o Gender Equality Index (GEI) Bloomberg, relatório que analisa a equidade de gênero em empresas de capital aberto ao redor do globo, quase metade (43%) dos funcionários de todas as empresas analisadas são mulheres. Contudo, a maioria delas (50%) ocupa cargos de entrada.

  • Pague um salário justo

Segundo o relatório Global Gender Gap 2021, desenvolvido pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), a diferença de rendimentos entre homens e mulheres no mercado de trabalho chega a 51%.

  • Inclua mulheres nas decisões estratégicas

O GEI Bloomberg indica que empresas públicas com mais de 30% de mulheres nos conselhos têm, em média, 25% mais executivas mulheres na organização como um todo. Contudo, na maioria das organizações analisadas neste estudo (59%) a presença feminina nos conselhos é menor do que 30%.

Uma análise semelhante feita em empresas privadas nos EUA mostrou que quase metade dos negócios não tem nem uma mulher nos conselhos – e que as mulheres representam apenas 11% dos cargos executivos.

No Brasil, as mulheres ocupam apenas 14,3% das cadeiras dos conselhos de administração.

  • Torne o ambiente de trabalho seguro para as mulheres

O estudo nacional Percepções sobre a violência e o assédio contra mulheres no trabalho aponta que:

36% das trabalhadoras já sofreram preconceito ou abuso por serem mulheres.

76% relatam terem passado por um ou mais episódios de violência e assédio no ambiente profissional.

Por: Rhaissa Emanuelle/Ascom Acieg